Itatim: Notas mostram 'farra' de recursos em evento de jiu-jitsu, apontam vereadores

Vereadores de Itatim, no Piemonte do Paraguaçu, acusam o prefeito Gilmar
Pereira Nogueira de desvios de verba na realização de um evento
esportivo. Os edis Clevison Nogueira Nunes, Derneval de Andrade Sampaio e
Raimundo Nonato Andrade Peres apresentaram documentos que estariam
relacionados à organização do Circuito Brasileiro de Lutas Submission,
evento de jiu-jitsu, feito em março de 2017. Com aval do Ministério dos
Esportes, a prefeitura local recebeu cerca de R$ 1,6 milhão para
realizar o evento. Duas organizações, com sede em São Paulo, fechavam a
trama. A previsão é que o torneio ocorresse em 11 dias, mas só teve
atividade em 3, nos dias 18, 19 e 26 de março. No entanto, todas as
despesas tiveram como base o tempo total previsto, ou seja, 11 dias.
Entre as exigências da organização do evento, consta o aluguel de seis
ambulâncias no valor de R$ 2,8 mil cada, com total de R$ 16,8 mil. No
entanto, afirmam os edis, a única ambulância vista no local foi a do
próprio município. Outro gasto que chamou a atenção foi a locação de um
gerador de energia com preço de diária de R$ 16 mil. Por oito dias, o
aluguel do equipamento bateu a soma de R$ 128 mil. A extravagância,
aponta os edis, é demonstrada pelo fato de que uma diária de um mesmo
gerador poderia ser contratada por R$ 1,1 mil. Caso quisessem comprar um
gerador novo, o valor sairia por R$ 68 mil. A farra de dinheiro também
previa a contratação de ar condicionado para um ginásio aberto, além da
aquisição de 615 shorts, mesmo número para pares de sandália e mochilas
de nylon. Conforme o vereador Clevison Nogueira Nunes, o suposto esquema
também tinha a participação da ELS-Promoções e Realizações em Eventos e
a Confederação Brasileira de Lutas Submission ADCC-CBLS, sediadas no
mesmo endereço em São Paulo, e uma pessoa identificada como Elísio
Macambira. "O Macambira chegou na prefeitura e São Paulo, tirou a nota
avulsa e o prefeito veio e pagou o valor a esse cara. Isso não existe.
Foi por isso que nós denunciamos o caso à Polícia Federal e ao
Ministério Público", disse o edil ao BN. Fonte: BahiaNotícias.
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